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Nota de Boas Vindas
 

Bem-vindo à primeira edição da Newsletter TRADEIT. O projeto TRADEIT pretende prestar serviços de apoio a PMEs de Produtos Alimentares Tradicionais e investigadores alimentares associados aos setores dos Laticínios, Carnes e Panificação.

Através do desenvolvimento da rede TRADEIT e de infraestruturas de colaboração, o projeto incidirá sobre três desafios essenciais com que se confronta o setor alimentar tradicional:

  • a transferência de conhecimento e tecnologia
  • lacunas nas competências a nível de inovação na investigação alimentar e
  • a necessidade de um programa de investigação abrangente e de um programa de inovação para alimentos tradicionais.


Em cada newsletter trimestral, encontrará artigos e entrevistas sobre os principais progressos do projeto nestas áreas temáticas. Também encontrará as últimas notícias sobre inovação, tecnologias e conhecimentos emergentes relevantes para os interessados no setor agroalimentar tradicional.

O objetivo é promover a conectividade e a interação entre partes interessadas, pelo que o convidamos a participar ativamente com o seu feedback, comentários, partilha em redes sociais e submissão de artigos para publicação em edições futuras.

Recomendo que se junte à rede TRADEIT e tire partido dos vastos conhecimentos e ofertas disponíveis ao longo dos próximos 3 anos.

Visite o website TRADEIT e sinta-se à vontade para pôr esta newsletter em circulação com a funcionalidade Enviar a um Amigo.


Próximos eventos
Inquérito e Workshops de Análise das Necessidades e Barreiras
 
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O TRADEIT foi concebido especificamente para abordar as necessidades tecnológicas essenciais das PMEs tradicionais de produção de Laticínios, Carne e Panificação.
O TRADEIT foi concebido especificamente para abordar as necessidades tecnológicas essenciais das PMEs tradicionais de produção de Laticínios, Carne e Panificação. As atividades de transmissão de tecnologia serão orientadas tanto pela demanda tecnológica das PMEs, como pela oferta dos peritos tecnológicos específicos do setor à Rede TRADEIT.

Esta demanda tecnológica será facilitada por uma extensa “Análise de Necessidades e Barreiras”, que determinará as necessidades tecnológicas, questões comerciais e as barreiras à implementação de soluções a nível local. Embora tenham sido desenvolvidas muitas investigações relacionadas com as necessidades e barreiras à transmissão de tecnologia, existe pouca informação sobre problemas encontrados no empenho de PMEs de pequena e micro escala na Produção Alimentar Tradicional, especificamente a um nível regional e subsetorial.

Atualmente, o projeto TRADEIT está a abordar esta lacuna de conhecimentos através de um fórum/workshop estruturado.  O primeiro passo é a implementação em grande escala de um inquérito eletrónico de análise das necessidades e barreiras (clique aqui para completar o inquérito); também decorrerá uma série de workshops (registe-se aqui nos eventos a decorrer no seu polo regional).

O estabelecimento das necessidades tecnológicas das PMEs de PAT irá garantir que são selecionadas as tecnologias adequadas a apresentar nos diversos eventos TRADEIT. 

Os resultados das análises serão sintetizados num relatório sobre “Necessidades e Barreiras à Transmissão de Tecnologia em Grupos Empresariais de PMEs Alimentares Tradicionais”, recomendando ações necessárias a um nível regional, nacional e europeu, para promover a implementação tecnológica e a capacidade de inovação dentro do Setor Alimentar Tradicional.

Isto dará origem a aperfeiçoamentos em termos de capacidade, eficiência, conformidade, qualidade e inovação dos produtos, permitindo às PMEs de produção alimentar tradicional expandirem-se para mercados europeus até agora inexplorados, assim aumentando a quota de mercado e as receitas.

As tecnologias serão definidas no mercado eletrónico TRADEIT e apresentadas em futuros eventos de transmissão de tecnologia TRADEIT, tais como eventos de mediação e Missões em PMEs, a decorrer ao longo dos próximos 3 anos – todos eles serão promovidos através da newsletter e em www.tradeitnetwork.eu.


Artigo em Destaque
Apresentação do Projeto
 

Os Alimentos Tradicionais são um elemento importante da herança cultural de cada estado membro e constituem receitas económicas vitais para muitas regiões.


Os Alimentos Tradicionais são um elemento importante da herança cultural de cada estado membro e constituem receitas económicas vitais para muitas regiões. Para dar resposta à crescente procura pelos consumidores, é necessário aumentar significativamente a inovação nas PMEs de Produtos Alimentares Tradicionais de forma a criar produtos alimentares que sejam autênticos, mas que correspondam aos padrões do século XXI em termos de segurança alimentar, exigências dos consumidores nas áreas do conteúdo nutricional, valor sensorial, conveniência, rastreabilidade, impacto ambiental e sustentabilidade.

O futuro crescimento económico e o emprego na Europa terão, cada vez mais, origem nas inovações de produtos, serviços e modelos de negócio. Além disso, para que os produtores alimentares tradicionais possam competir no mercado alimentar global europeu, as PMEs terão de abordar questões como as cadeias de abastecimento, marketing e modelos de negócio. Trata-se de uma tarefa especialmente difícil para as PMEs de processamento alimentar tradicional e artesanal, pois poucas têm os recursos ou a capacidade para investigar e inovar e raras vezes possuem os recursos financeiros e humanos necessários para participar em projetos de colaboração com universidades e centros de investigação.

Esta questão foi reconhecida como uma área que requer um importante investimento e apoio a nível comunitário, o qual foi prestado através da fundação de dois projetos pela Comissão Europeia, especificamente concebidos para apoiarem Produtores Alimentares Tradicionais em toda a Europa, o TRADEIT (www.tradeitnetwork.eu) e um segundo projeto, o TRAFOON (www.trafoon.eu) .

Objetivos do Projeto TRADEIT

  1. Estabelecer uma rede europeia e polos regionais para interligar as partes interessadas na produção alimentar tradicional na UE
  2. Promover a especialização inteligente e a inovação através de atividades de transmissão tecnológica específicas
  3. Transmitir conhecimentos a PMEs de produção alimentar tradicional em áreas essenciais relacionadas com a sua competitividade, recorrendo à formação prática e a abordagens inovadoras da aprendizagem
  4. Promover a inovação na investigação académica através da realização de ações de formação em empreendedorismo para investigadores alimentares
  5. Apoiar a colaboração em rede e a aprendizagem
  6. Desenvolver um programa estratégico de investigação e inovação para o setor alimentar tradicional


Os principais resultados serão o desenvolvimento de uma rede sustentável para a atualização e qualificação das PMEs de Produção Alimentar Tradicional, a promoção da inovação e a apresentação de um programa de investigação para o setor alimentar tradicional, assim aumentando a competitividade das PMEs de produção alimentar tradicional e as economias regionais.

Eventos Recentes
Reunião de Lançamento do Projeto TRADEIT
 

A Reunião de Lançamento do Projeto TRADEIT decorreu no dia 6 de Novembro de 2013, no Instituto de Tecnologia de Tralee (ITT), parceiro coordenador do TRADEIT.


A Reunião de Lançamento do Projeto TRADEIT decorreu no dia 6 de Novembro de 2013, no Instituto de Tecnologia de Tralee (ITT), parceiro coordenador do TRADEIT. Após a intervenção de boas-vindas da coordenadora do projeto, Dra. Helena McMahon (ITT), o Dr. Oliver Murphy, Presidente do Instituto de Tecnologia de Tralee, inaugurou oficialmente o projeto TRADEIT. No seu discurso, o Dr. Murphy realçou a importância deste projeto para as PMEs de Produtos Alimentares Tradicionais e Artesanais.

Marian Byrne, do Departamento Governamental Irlandês para a Agricultura, a Alimentação e o Mar, apresentou, no discurso de abertura, uma maravilhosa perspectiva sobre a necessidade deste tipo de projetos e o seu potencial impacto no desenvolvimento regional na Europa, com particular relevância para as PMEs no setor alimentar tradicional, tipicamente localizadas em zonas rurais.

A Dra. Helena McMahon sublinhou os objetivos do projeto, os participantes apresentaram-se e sublinharam o seu papel no Projeto TRADEIT. Os Produtores Alimentares Tradicionais apresentaram contribuições, referindo problemas típicos encontrados no seu negócio ou setor e as vantagens do Projeto TRADEIT. O Sr. Reiner Erich Stolzenberger, da Panificação Stolzenberger, uma padaria familiar com 25 funcionários no Sul da Alemanha, realçou a necessidade do apoio através de redes. Um dos seus maiores desafios na gestão de uma empresa alimentar tradicional é o facto do de seu pão ter um prazo de validade relativamente curto em comparação com outros tipos de pão, uma vez que usa massa fermentada e não recorre a ingredientes químicos. Considera que este projeto será uma grande ajuda, contribuindo para aumentar os conhecimentos na sua área de negócios.

Kate Carmody, da Beal Organic Cheese, sublinhou as barreiras enfrentadas pelos produtores alimentares tradicionais e artesanais no setor dos laticínios. Uma das questões realçadas referia as expectativas e pedidos das grandes superfícies; Um exemplo de um problema encontrado foi o relativo a um pedido de produtos Beal Cheese que estivesse de acordo com um tamanho e apresentação mais normalizados, em linha com os requisitos de comercialização. Esta homogeneidade no tamanho dos produtos é extremamente difícil de alcançar com este queijo de corte manual em particular. Kate também realçou os desafios apresentados por pedidos de venda abaixo do custo e preços promocionais de ‘oferta especial’, que representam um desafio para os pequenos produtores, que não beneficiam das economias de escala.


Foram ainda realizadas apresentações pormenorizadas de cada uma das tarefas do TRADEIT, nas quais foram delineados os objetivos, tarefas e atividades de cada uma.

PT1 Gestão do Projeto: Catherine Halbert, Halbert Research.
PT2 Transferência de Tecnologia: Dra. Corinne Edwards, Coventry University Enterprise
PT3 Transferência de Conhecimento, Dra. Catherine Halbert, Halbert Research
PT4 Empreendedorismo. Breda O’Dwyer, Instituto de Tecnologia de Tralee
PT5 Rede de Apoios: Professor Paul Coughlan, Trinity College de Dublin
PT6 Programa Estratégico de Investigação e Inovação. Professor Brian McKenna, EFFoST
PT7 Disseminação: Professor Brian McKenna, EFFoST

Foram tidas discussões construtivas pormenorizadas, iniciando eficazmente o processo colaborativo, identificando e construindo relações e sinergias entre, tarefas e atividades. O Professor Paul Coughlan e a equipa da tarefa 5 realizaram uma série de sessões de debate, aplicando uma abordagem de aprendizagem ativa que permitiu aos parceiros realçarem áreas de ambiguidade para posterior discussão e exploração. A última sessão do dia abordou os aspetos financeiros do projeto e encerrou mencionando pontos de ação chave de cada pacote de trabalho. O evento foi um verdadeiro sucesso e os participantes despediram-se em grande medida com profundos conhecimentos sobre o projeto e a equipa nele envolvida.

Últimas Notícias
Centros de Apoio para Produtores de Alimentos Tradicionais
 

A primeira ação do Projeto TRADEIT foi estabelecer os centros de transmissão de conhecimentos e tecnologia dedicados a apoiar os produtores alimentares tradicionais (polos TRADEIT) e, agora, temos novos polos operacionais instalados.


A primeira ação do Projeto TRADEIT foi estabelecer os centros de transferência de conhecimento e tecnologia dedicados a apoiar os produtores alimentares tradicionais (polos TRADEIT), sexistindo agora nove polos operacionais instalados. A rede dos Polos TRADEIT irá apresentar uma série de eventos de Transferência de Tecnologia e apoio de forma a fomentar a transferência de tecnologia através da identificação, demonstração e disseminação de tecnologias disponíveis e emergentes, da comercialização de dados de Investigação, Desenvolvimento e Inovação financiados com fundos públicos e do estímulo à inovação tecnológica através do desenvolvimento de colaborações com PMEs de Produtos Alimentares Tradicionais (TFP) em termos de inovação.

Os Polos irão acolher os eventos de transferência de conhecimento, realizando ações de formação e transmitindo conhecimentos em temas chave para a competitividade dos produtores de alimentos tradicionais, como a segurança e qualidade alimentar, conceção de instalações, modelos de custo, marketing, rotulagem geográfica e desenvolvimento de produtos.

Cada Polo formará e acolherá uma sub-rede, definida por região e idioma, constituída por produtores alimentares tradicionais locais e regionais, e com ligação às organizações nacionais relevantes em termos de política alimentar.

Os nove polos estão ilustrados no mapa abaixo – quem é o Consultor do seu Polo regional?

Aprendizagem ativa
 

Na rede TRADEIT colaboramos com o objetivo de desenvolvermos o setor alimentar tradicional; mas o que significa "colaboração"? Colaboração pode descrever toda uma série de diferentes tipos de relações entre organizações, como alianças, joint ventures, parcerias e redes, e tais relações podem ser difíceis de definir, devido à singularidade do contexto e aos indivíduos envolvidos em cada uma.


Na rede TRADEIT colaboramos com o objetivo de desenvolvermos o setor alimentar tradicional; mas o que significa "colaboração"? Colaboração pode descrever toda uma série de diferentes tipos de relações entre organizações, como alianças, joint ventures, parcerias e redes.  Contudo, tais relações podem ser difíceis de definir, devido à singularidade do contexto e aos indivíduos envolvidos em cada uma. Em termos gerais, no entanto, a colaboração pode ser considerada como uma relação contínua, cooperativa e coordenada, entre dois ou mais indivíduos ou organizações, tentando resolver problemas ou beneficiar de oportunidades. A rede TRADEIT será apoiada nos seus esforços de colaboração através da aprendizagem ativa.

O que é a aprendizagem ativa e de que forma ajuda as pessoas a aprenderem e a resolverem problemas?

Ciclos de Ação e Reflexão

A aprendizagem ativa começa com um desafio ou problema complicado que esteja a enfrentar enquanto pessoa individual ou empresa

De que se trata…

 




A aprendizagem ativa é exatamente aquilo que as palavras sugerem: realizar uma ação; aprender com a ação – planear outra ação – aprender com ela. No entanto, não se trata simplesmente de uma “aprendizagem pela prática”, como, por vezes, a caraterizam erradamente. Trata-se de uma forma de aprendizagem com e através dos outros durante a superação de problemas complicados, tipicamente envolvendo um pequeno grupo de pessoas que se reúnem para ultrapassarem problemas complicados através do questionamento mútuo, da experimentação e da reflexão.

A Aprendizagem Ativa tem demonstrado ser eficaz na promoção do desenvolvimento de redes. Em redes eficazes, os membros aprendem uns com os outros em benefício mútuo, mas o simples facto de reunir pessoas e chamar um grupo de ‘rede’ não é garantia de que esta aprendizagem irá ocorrer. No entanto, a aprendizagem recíproca é essencial para os membros da rede, tal como o aperfeiçoamento é fundamental para a competitividade das redes e requer que os membros participantes colaborem na identificação e introdução de alterações. A melhoria estratégica colaborativa pode ser vista como um círculo de atividades, no qual os membros de uma rede podem empenhar-se. Associar este círculo com a aprendizagem ativa disciplinada permite à rede obter experiência através de ações colaborativas. Desta forma, uma rede pode aprender com a experiência e implantar essa aprendizagem no mercado.

O ponto central do apoio da Aprendizagem Ativa no âmbito do projeto TRADEIT situa-se em três níveis específicos: Nível 1) o Conselho de Gestão do Projeto (Project Management Board, PMB), Nível 2) os Polos Regionais de Transferência de Tecnologia e Conhecimento TRADEIT e Nível 3) as PMEs de Produtos Alimentares Tradicionais. Os consultores dos polos já são peritos na sua área e possuem experiência no trabalho com PMEs, mas a aprendizagem ativa (AA) pode ser usada por eles para aumentarem o seu apoio ao desenvolvimento da capacidade das PMEs de Produtos Alimentares Tradicionais para incorporarem mudanças (novas tecnologias, produtos e processos) e desenvolverem relações externas com as PMEs e parceiros da rede TRADEIT. A AA também desenvolverá a capacidade do Conselho de Gestão do Projeto (PMB) em apoiar a inovação e a aprendizagem nas PMEs.

O Pacote de Recursos de Ferramentas de Colaboração TRADEIT, desenvolvido pelo PT5 [Instituto de Tecnologia de Tralee (ITT) e Trinity College de Dublin], fornecerá um conjunto de recursos que guiarão os membros através de vários aspectos de desenvolvimento e apoio à colaboração através da aprendizagem ativa. Este pacote de recursos estará disponível no website do projeto para todos os membros da rede TRADEIT e será atualizado regularmente durante o projeto, com base no feedback dos parceiros do projeto. O ITT será responsável por qualquer atualização, mas todos os parceiros são incentivados a contribuírem com recomendações e alterações.

Para conhecer um exemplo pormenorizado da utilização da aprendizagem ativa no âmbito de redes pan-europeias, consulte:-

David Coghlan, Paul Coughlan, (2006) "Designing and implementing collaborative improvement in the extended manufacturing enterprise: Action learning and action research (ALAR) in CO-IMPROVE", Learning Organization, The, Vol. 13, 2ª edição, págs. 152 – 165

http://www.emeraldinsight.com/journals.htm?articleid=1545873&show=abstract

Academia de Verão TRADEIT para o Empreendedorismo
 

A Academia de Verão TRADEIT para o Empreendedorismo de 2014 será organizada pelo Instituto de Tecnologia de Tralee, condado de Kerry, Irlanda, nos dias 16, 17 e 18 de Junho de 2014.


A Academia de Verão TRADEIT para o Empreendedorismo de 2014 será organizada pelo Instituto de Tecnologia de Tralee, condado de Kerry, Irlanda, nos dias 16, 17 e 18 de Junho de 2014.  Esta academia constituirá um fórum interativo em tempo real, para que os investigadores alimentares estudem o potencial comercial e a exequibilidade das suas investigações.

A Academia apresentará um modelo triplo de envolvimento entre o investigador alimentar, o gestor do centro de investigação e a PME de produtos alimentares tradicionais.
 


Os participantes receberão formação nas competências básicas necessárias para criarem um negócio, bem como os modelos associados e apoio. A estrutura da Academia de Verão, de 3 dias, facilitará a partilha de capital intelectual e social entre investigadores alimentares, a comunidade empresarial e os gestores dos centros de investigação.  O valor da formação e o reconhecimento de modelos de referência serão promovidos como parte do programa formal, mas também, informalmente, através da criação de redes e compromissos sociais.  Permitirá aos investigadores alimentares conhecer os profissionais num ambiente favorável à criação de redes e à partilha de informação, otimizar a aprendizagem empírica e entre pares, interagir em tempo real e obter feedback da comunidade empresarial.


O investigador mais inovador receberá o prémio de Inovação TRADEIT, conforme a avaliação feita por um painel de empresas relacionadas com o setor alimentar, gestores de centros de investigação e representantes de parceiros TRADEIT participantes.  

Os Convites à Apresentação de Candidaturas serão publicados no website TRADEIT
Registe-se aqui para obter mais informações

Produtor Traditional Food
Caso de estudo TRADEIT: Perfil de um Produtor de Queijo Tradicional Irlandês
 
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A produtora irlandesa de produtos alimentares artesanais Béal Organic Cheese é um dos participantes do projeto TRADEIT, representando a produção alimentar em pequena escala numa zona remota da Europa Ocidental


A produtora irlandesa de produtos alimentares artesanais Béal Organic Cheese é um dos participantes do projeto TRADEIT, representando a produção alimentar em pequena escala numa zona remota da Europa Ocidental

Kate Carmody fundou a Béal Organic Cheese em 1987, na exploração leiteira familiar no condado de Kerry, junto à foz do rio Shannon, na costa ocidental da Irlanda. Quando Kate entrou, pelo casamento, na exploração leiteira tradicional em Beal, em 1984, a sua mãe ofereceu-lhe uma prensa para queijo, afirmando: ‘Todos os produtores de leite devem fazer o seu próprio queijo.’

O Béal Organic Cheese original é um queijo artesanal tradicional, produzido a partir de produtos lácteos crus orgânicos locais. Os queijos apresentam uma textura cremosa e amanteigada, do tipo cheddar, e uma explosão única de sabor picante que os distinguem. O norte de Kerry é uma zona de exploração leiteira tradicional na Irlanda, com uma longa história na produção de queijo cheddar, continuada pela Béal Organic Cheese. Muitos dos cheddars típicos desta região apresentam a característica única de desenvolverem um veio azul durante o processo de maturação, atribuído a uma combinação do processo de produção com o impacto climático. Esta característica regional única está presente em muitos dos queijos da Béal Organic Cheese.

A produção da Béal Organic Cheese aumentou ao ponto de satisfazer a procura do mercado local. Ao longo do tempo, os serviços mudaram-se de um edifício agrícola convertido, em Béal, para as instalações de uma cooperativa leiteira local. A empresa obteve o estatuto de produção biológica no ano 2000. Adicionalmente, a Béal Organic Cheese desenvolveu versões pasteurizadas de queijo, em resposta às exigências do mercado.

A Béal Organic Cheese é uma das cinco empresas de produção alimentar tradicional que fazem parte do projeto TRADEIT. De acordo com Kate Carmody: “O TRADEIT tem uma grande relevância. Na sua base, está o setor de produção alimentar tradicional e o nosso direito, enquanto consumidores, de comermos comida de qualidade com o mais alto valor nutricional. O projeto TRADEIT estuda formas de se ultrapassarem as barreiras enfrentadas pelos pequenos produtores alimentares em termos de inovação, transferência de tecnologia e obtenção de novos conhecimentos, de forma a garantir que a produção é economicamente viável e criando empregos sustentáveis em comunidades regionais.”

E continua: “Precisamos de equilíbrio no setor agroalimentar, em que pequenas PMEs agroalimentares tenham recursos tão bons quanto as empresas maiores, garantindo o acesso dos consumidores a alimentos de qualidade em toda a Europa. O acesso ao trabalho para pequenas empresas ou explorações através de programas de emprego específicos e cooperativas são áreas essenciais a explorar.”

O próximo passo para a Béal Organic Cheese é continuar a aumentar os níveis de produção e abordar áreas como as instalações de produção, o corte e o embalamento do queijo para o mercado internacional. No entanto, isto traz alguns desafios ao produtor alimentar artesanal.

Desafios enfrentados pelos pequenos produtores alimentares artesanais

Os produtores alimentares tradicionais enfrentam grandes desafios com poucos recursos para uma atualização em termos de inovação e processamento. Kate realça alguns dos principais desafios em vários setores.

A mudança da exploração agrícola para a produção fora do local apresenta questões financeiras, incluindo custos de mão-de-obra, transporte, embalamento e resíduos. No caso da Béal Organic Cheese, o problema dos resíduos surgiu relacionado com as instalações de corte de queijo, além das dificuldades associadas ao trabalho com queijo artesanal.

Ao contratar instalações para aumentar a escala, o controlo de processo pode ser um problema. Kate enfatiza a importância do controlo do processo para garantir que os queijos da Béal Organic Cheese mantêm o seu sabor e características únicos. Ela avisa que as expectativas relativas à ‘conformidade dos produtos’ pode prejudicar o desenvolvimento do setor alimentar tradicional e artesanal, pois cada produto feito à mão terá características únicas. Kate também aponta para a necessidade de garantir a autenticidade dos alimentos.

O investimento de capital coloca outro desafio aos produtores alimentares de pequena e microdimensão. Para atrair o investimento de capital, é necessário o acesso ao conhecimento, inovação e recursos.

“Muitos pequenos produtores alimentares são, por natureza, periféricos, estando muito longe dos principais mercados e sistemas de distribuição. Uma estrutura de apoio comunitário é essencial neste setor”, comenta Kate.

E continua: “A Irlanda (e a Europa) tem de definir a sua cultura alimentar e destacar quais são os nossos alimentos tradicionais e de que forma podemos contribuir para o seu crescimento. Os produtores alimentares tradicionais são um bom ponto de partida, promovendo a diversidade que existe no coração do setor.”

Kate deixa aos produtores alimentares artesanais um duplo conselho. A perseverança é essencial para se vencerem obstáculos. A dada altura, depois de decidir produzir queijo a partir de leite cru, Kate foi informada de que o processo para obter permissão no âmbito da licença que possuía seria moroso. Ela assumiu o pedido da licença diretamente e a situação foi resolvida numa questão de horas. O queijo de leite cru começou a ser produzido no dia seguinte.

Em segundo lugar, e especificamente para estes pequenos produtores agroalimentares em zonas remotas, Kate aconselha: “Para se desenvolver o setor, é necessário que haja cooperação, criando-se sinergias entre produtores alimentares tradicionais e gerando-se novas oportunidades. Temos de apoiar as nossas comunidades rurais.”

O TRADEIT está determinado a criar oportunidades no setor alimentar tradicional, procurando responder aos singulares desafios que ele enfrenta.

Colaboração, Empreendedorismo, Inovação, Conhecimento e Tecnologia

A abordagem colaborativa do TRADEIT com o estabelecimento de uma rede pan-europeia de PMEs agroalimentares e nove polos TRADEIT tem grande impacto junto de Kate. Ela está ansiosa por partilhar as suas experiências com outros produtores de alimento tradicionais de diferentes regiões da Europa, desde falhas típicas de uma jornada empresarial aos obstáculos específicos encarados enquanto produtora alimentar artesanal e à geração de ideias. Ela irá partilhá-las com uma rede de produtores e principais interessados do Reino Unido, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, Polónia e Finlândia, particularmente os das regiões periféricas, com vista à gestão do seu negócio e ao crescimento do setor.

Uma das ideias que Kate gostaria de explorar enquanto do projeto TRADEIT, e repercutindo a estrutura de polos regionais do mesmo, seria a criação de polos de produtos alimentares tradicionais que facilitassem e fizessem crescer tanto as pequenas empresas artesanais, como as de maior escala.

O processamento alimentar tradicional ocupa um lugar importante na herança cultural de cada estado-membro da UE e representa receitas económicas vitais para muitas regiões enquanto segmento em crescimento no mercado alimentar da UE, sendo este um argumento de peso no apoio ao setor alimentar tradicional. O TRADEIT visa permitir aos produtores alimentares tradicionais apoiarem comunidades rurais e criarem empregos sustentáveis com um impacto socioeconómico positivo.

Kate Carmody conclui: “O TRADEIT permite a criação de um modelo agrícola intermédio. Trata-se de um modelo sustentável, em que o acesso a inovações tecnológicas, investigação alimentar, atualização de processos e cooperação na investigação ajuda a manter os pequenos produtores alimentares no mercado e gera crescimento. De um ponto de vista socioeconómico, isto é essencial.”

A Dra. Helena McMahon, coordenadora do TRADEIT, Shannon ABC, IT Tralee, comenta: “Valorizamos a participação de Kate Carmody, da Béal Organic Cheese, no projeto TRADEIT. A Kate é uma verdadeira empreendedora e uma produtora alimentar artesanal que encarou o tipo de questões que o TRADEIT visa enfrentar e ajudar a superar.

Muitas PMEs de produtos alimentares tradicionais e artesanais não possuem os recursos para a atualização dos processos, formação em áreas como a gestão da cadeia de fornecimento, rotulagem geográfica, segurança e qualidade alimentar, inovação, adoção de tecnologias emergentes ou a capacidade de desenvolver oportunidades para abraçarem projetos de colaboração com universidades ou centros de investigação. O TRADEIT disponibiliza conhecimentos em termos de recursos e apoio aos Produtores de Alimentos Tradicionais em toda a Europa e eu encorajo todas as PMEs e ligarem-se aos seus polos TRADEIT locais para beneficiarem destas ofertas.”    

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